O misticismo da Lagoa das Sete Cidades
Majestosa pela sua grandiosidade, idílica pela sua envolvente, mágica pelo seu brilho e encantadora pela sua cor, a Lagoa das Sete Cidades é um dos mais magníficos cartões de visita do turismo português.
Formada a partir do composto entre as lagoas Verde e Azul, que estão ligadas por um canal, pouco profundo, atravessado por uma ponte baixa, sobre a qual passa a estrada de acesso à freguesia das Sete Cidades, este é o maior lago de água doce dos Açores, ocupando uma área de 4,35 quilómetros quadrados na parte oeste da ilha de São Miguel.
Emolduradas por encostas escarpadas cobertas de árvores e flores, as suas margens tranquilas e a pequena península da Lagoa Azul convidam a repousantes passeios e a extensos piqueniques. Existem muitas lendas sobre estas duas lagoas, mas a de uma princesa e de um pastor é a mais contada e também a mais romântica.
A jovem princesa, chamada Antília, ao passear um dia pelos montes e vales dos Açores, escuta uma música, que a deixou totalmente encantada. Decidiu seguir a melodia e acabou por ver que era um jovem pastor que a entoava a partir da sua flauta. Ouviu-o escondida durante semanas, até que o pastor, um dia, a descobriu por detrás de uns arbustos. Foi paixão recíproca à primeira vista, até que um dia o rei descobre e proíbe-os de se verem. Com tamanha tristeza, os dois choraram toda a tarde abraçados. As suas lágrimas, de tantas serem, formaram duas lindas e grandes lagoas, uma verde da cor dos olhos da Princesa, a outra azul da cor dos olhos do pastor.